A nossa conversa agora é com os estudantes. E os pais do estudante também. Com a família toda de uma vez. Será que é possível manter a concentração na escola com tantos equipamentos eletrônicos na mochila? “Eu consigo me concentrar. Ela às vezes puxa minha orelha”, diz, Giovana Rodrigues Celular, mp3, máquina fotográfica, máquina para filmagem são aparelhos proibidos em sala de aula porque desconcentra os alunos. No recreio, eles estão liberados.
Em alguns estados, é proibido usar celular em sala de aula. Na cidade do Rio, por exemplo, a proibição vale para outros aparelhos que tocam música.
A mãe não gosta, mas Giovana, de 10 anos, acha que quando o dever é fácil, ela dá conta de estudar mesmo com alguma interferência da tecnologia.
“Acho que você absorve bem quando você se concentra numa informação e depois em outra”, diz Bianca Rodrigues, mãe de Giovana
Mas será que é mesmo possível manter a concentração no estudo com a concorrência dos aparelhos eletrônicos? Essa escola aqui chegou a ter dois casos por dia de aulas interrompidas pelo toque do celular. O professor tinha que parar a explicação, chamar a atenção do estudante, um prejuízo para toda a turma. Foi preciso iniciar uma campanha entre os alunos.
"Celular, mp3, máquina fotográfica, máquina para filmagem. Todos estes aparelhos são proibidos em sala de aula porque faz o aluno ficar desconcentrado e não faz o aluno prestar atenção nas explicações que estão sendo dadas pelo professor”, diz Andrea Bovela, coordenadora.
O celular parou de tocar, mas ainda é usado em discretas mensagens de texto embaixo da carteira. A estudante Alexia, de 15 anos, disse que usa celular na sala de aula às vezes. Bernardo, de 15 anos, disse que usa para falar com a mãe e às vezes para mandar mensagem e que muitas vezes atrapalha a concentração sim, mas que tenta retomar depois.
E não é só isso que os estudantes levam na mochila. A estudante Daniela, de 15 anos, tinha um celular, um mp3 e uma câmera na mochila dela.
Quem é flagrado descumprindo a regra vai pra sala da direção, tem o equipamento apreendido e os pais são chamados. No recreio, os aparelhos estão liberados. É o momento em que a escola abre espaço para a tecnologia que é parte da rotina dos adolescentes. Aproveito pra ficar jogando”, diz Rodrigo, 15 anos.
“Acho que está certo, senão fica uma baderna, todo mundo disputando e não dá certo. Senão o professor, coitado, não vai ter vez, ninguém vai conseguir prestar atenção”, diz Julia, 15 anos.
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