O Oitavo Pilar da QVT: Relevância institucional!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Prof. Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Quando a pessoa se mostra negligente no trato diário com seus familiares, colegas de aula ou de trabalho, isto pode significar que essa pessoa carece de sentimento de relevância institucional pela sua família, sua escola ou pela empresa em que trabalha. Quando a pessoa está isenta do sentimento de relevância por qualquer coisa, então ela a desrespeita e agride de todas as formas e meios possíveis ao seu alcance. Seja outra pessoa, um objeto ou uma instituição, todas ficam vulneráveis na presença de alguém que não discerne qualquer importância nelas:

Essa pessoa é o filho que absurdamente destoa de seus pais e irmãos, ferindo os princípios familiares em que fôra instruído, fazendo pai e mãe suspeitar provável troca na maternidade! Porém, ele mesmo, o filho, age como se tivesse absoluta certeza dessa troca e não considera seus os pais que se descabelam para dar-lhe o melhor desta terra. Não reconhece o valor de sua família, por isso não honra pai e mãe no modo de vestir, de falar, de se comportar e de agir perante as outras pessoas. Esse filho desacata a autoridade dos pais e desdenha suas orientações.

Esse filho torna-se o aluno que irreverentemente picha o muro da escola, quebra a porta do banheiro, anarquiza durante a aula, intimida colegas no recreio, despreza material didático, ameaça professores e desfere na Educação a violência sociofamiliar da qual é vítima. Em geral, esse aluno é oriundo de lar desestruturado e põe a perder o resto de cidadania que lhe resta porque desde o seu nascimento esteve destituído de sanidade mental ou de “berço”, entenda-se Educação! Tornou-se referência de si mesmo porque a nenhum parente de bem encontrou ou atribuiu estima suficiente para lhe inspirar. Seus atos refletem uma alma vazia, contida em uma preciosa vida revestida apenas de carne, nervos e ossos. é um ser vivente com atitudes animalescas, gozando plenos direitos humanos. Não reconhece o valor da Educação , por isso não a reputa como potencial regeneradora de sua tão indesejada e lastimável condição social. Age como cupim devorador do barco que o salva da enchente, ou seja, é um expoente suicida social.

Esse aluno tornar-se-á o colaborador que desdenha o cliente interno, sua própria equipe de trabalho. Não tem uma palavra de ânimo ou de alento para os colegas. Vive pejorativamente criticando tudo: o modelo fluxográfico adotado na reunião em que ele absteve-se participar; os processos organizacionais; a política de gestão; o pessoal do RH; o material de expediente etc. Ele faz qualquer estagiário recém-chegado suspeitar que seja um agente sabotador contratado pela empresa concorrente! Não reconhece a importância social da empresa em que trabalha e nem vê pertinência nos produtos ou serviços que negocia, por isso esconde o crachá, tem vergonha usar o uniforme, foge das confraternizações, ignora o regimento interno e nem mesmo o melhor amigo sabe ao certo o que ele faz!

Essa pessoa estereotipada nos exemplos de filho, aluno e colaborador tem em comum a ausência do que Walton afirmou ser importante para a Qualidade de Vida no Trabalho e que eu aludi, por extensão, à família e à escola: A relevância institucional da organização na vida particular da pessoa. Começando pelo instituto família, passando pela escola e culminando nas organizações, todas precisam adotar posturas que contribuam construir em seus membros o senso de orgulho pela relevância social que as justificam existir.

Cada pessoa venera ou zela por aquilo que lhe é convictamente respeitável. A importância que uma pessoa atribui à sua família, à sua escola ou ao seu trabalho é proporcionalmente igual à reputação que ela demonstra dispensar por cada uma dessas instituições. E essas dispensa s valorativas e qualitativas que se esperam nas pessoas serão sempre ajustadas ao que as próprias instituições originaram nelas.

Que valor de si as famílias tem infundido em suas crianças? Que valor de si escolas e educadores tem suscitado em seus educandos? Que valor de si as organizações tem agregado em seus produtos e serviços, a ponto de fazer colaboradores evidenciarem orgulho em pertencê-las?

Abraços,

Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.

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