Por Franco Moraes
E depois falam que ver BBB (Bgi Brother Brasil) é uma cultura inútil e etc etc etc... Mas agora, vendo a eliminação da Tessália, cheguei à conclusão que as coisas estão mudando, mas será que o Brasil está pronto para aceitar?
Vivemos em um país que cultua celebridades, existem as instantâneas, mas existem as inabaláveis. Muitos odeiam o Faustão falando junto com os entrevistados, mas ele está lá, firme, forte e rico, todos os domingos. O próprio Luciano Hulk já tem seu lugar fixo ao céu da programação. Sabe-se lá quanto tempo ele terá que reinventar seu caldeirão para se manter. Mas reinventando basta!
No entanto, podemos odiar, mas isso não pode ser manifestado. Quando eu fiz faculdade, de Publicidade e Propaganda, a mesma profissão da eliminada, tinha uma piada que marcou minha vida. Toda vez que entrava o plantão da globo um super amigo meu falava “A Dercy Gonçalves morreu” e uma super amiga minha caia na risada. Eu não gostava da piada... Acho que a Dercy fez muito mais do que qualquer um de nós, afinal ela conseguiu o lugar dela.
A Tessália tinha esses comentários ácidos, criticava a tudo e a todos sem meias palavras, tudo pelas costas, afinal ninguém que ela falava poderia se defender. Ela não media o comentário e nem o comentado. E não falo da casa, falo de pessoas que nada fizeram a ela, como o caso dela meter o pau na Ana Maria Braga.
Por esta análise, podemos ver que os jovens fazem coisas para um Brasil jovem, mas o Brasil é velho, mantém em alta as mesmas pessoas por gerações e gerações e a gente acaba aprendendo a gostar. Quem acha que a Hebe já passou do prazo de valide? Quem não adoraria penar o Silvio Santos e por alguém mais interessante no horário para ter novas opções na programação? Quem não gostaria de renovar alguns atores de novela???
Às vezes nos pegamos pensando isso, mas não falamos. Se eu falar mal da Suzana Vieira posso ser crucificado!!! Imagine só. E foi isso que ela fez, ela se queimou porque ela falava para uma geração que ainda não foi ‘teledomesticada’ e as pessoas de doeram. Pode ser um jeito esnobe, pode ser ironia ou até mesmo poderia tentar ser engraçado, mas é como a piada da Dercy, não tem graça.
Mercadologicamente falando, é isso que acontece. Cada vez mais publicitários falarão uma língua e a massa falará outra. O humor ácido nem sempre cai bem. Sempre, sempre, sempre existem campanhas que são editadas, por que são rejeitadas. Há de se respeitar a velha cultura, pois a nova vai ser sempre domesticada pela massa. É cultural.
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