Devemos viver uma vida digna de ser lembrada, pois no final da vida é isto que nos restará: lembranças daquilo que fomos e que fizemos a nós, aos outros e ao mundo.
Desde muito novo, sempre persegui um desafio: Ser lembrado com ternura e honra. Por isso tento viver meus dias da forma que eu gostaria que as pessoas lembrassem de mim: com ternura e honra.
Não sei bem se é assim que lembram de mim hoje, mas tenho me esforçado para que isto ocorra no futuro, apesar de minhas limitações e impedimentos, tenho primado por isto, acredito!
Certa vez, em uma reunião do Lions Club de Guarapari-ES, cujo presidente na época era o meu pai, fui especialmente apresentado ao palestrante convidado para o evento solene. O nome dele era Capanema. O homem era um intelectual e media pouco mais de 1,50 de altura. Eu sempre fui de baixa estatura e isto aos 8, 10 anos incomoda mais do que em qualquer outra idade. Daí meu pai me apresentar um "exemplo" de "baixinho": O Sr. Capanema!
Este senhor, impecavelmente vestido em um terno azul marinho, de óculos pretos, sapatos italiano e cabelos engomados me disse uma frase e em seguida a escreveu nas costas do cartão de visita que iria me dar: "Um homem não se mede pela sua estatura e sim pelos seus feitos". Desde então não mais me importei tanto com meu crescimento físico e desloquei minha catexia para o crescimento intelectual e, posteriormente, espiritual também.
O Sr. Capanema se despediu de mim dizendo mais: "Chafic, você não será lembrado pelo seu tamanho, mas por aquilo que tiver realizado. O que tens realizado é o que fará ser lembrado".
Meu encontro com o Sr. capanema não durou mais do que 5 minutos (sabe como é final de palestra, não?), mas aqueles 5 minutos foram durante anos, talvez, os mais fortes e mais memoráveis para mim. Lembro agora, 30 anos depois, como se o Sr. capanema estivesse bem na minha frente. é incrível a qualidade da memória com que me recordo daquele momento.
As pessoas quando se referem a um ente querido que se foi não diz: "ah, ele era tão baixinho...", mas dizem "Ah, ele era tão humano, tão generoso, tão bom..." é assim que eu lembro daquele senhor... Um grande homem em suas palavras e em seus gestos.
Descobri que à medida em que vivemos como gostaríamos de sermos lembrados, mais sentido empregamos à nossa existência, pois embora pareça egoísta esta intenção, ela incrivelmente nos faz pensar e viver também pelo outro e para o outro, enquanto cuidamos de nossa própria imagem e de n&oa cute;s mesmo.
E você, como gostaria ser lembrado/a?
Abraços,
Chafic
Psicanalista e Psicopedagogo
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