Prof. Chafic Jbeili - www.chafic.com.br
Quantas vezes somos desafiados (ou será tentados?!) a escolher entre aquilo que pode ser mais fácil e aquilo que é o mais correto a se fazer, não é mesmo?
A missão principal do cérebro é poupar energia. Realizar o mínimo possível de atividade e estrategicamente evitar o desgaste físico e mental. Daí a lei do menor esforço e, por conseguinte, a tendência em optar fazer sempre aquilo que parece ser mais fácil, pois o que é mais correto dá a impressão que é sempre mais trabalhoso, mas não é verdade!
Dias destes um caminhão chocou com um ônibus em uma das principais rodovias de acesso ao Plano Piloto, em Brasília-DF. Na ocasião eu estava presente no trânsito que acumulou quilômetros de congestionamento.
O Detran desviou o tráfego de uma via com quatro faixas para uma rua paralela com apenas duas pistas estreitas. Foi quando observei vários motoristas cortando pela contramão a longa fila de carros, operando o famoso jeitinho, indevidamente dito brasileiro.
Interessante que os espertalhões conduziam veículos de todos os tipos: dos mais simples aos bem luxuosos, demonstrando que educação moral e ética não tem qualquer vínculo com condição sócio-financeira. Sabemos disto, mas nestas horas fica mais evidente a questão.
Cortar a fila pela contramão era o mais fácil a se fazer naquele momento para driblar o tremendo congestionamento. Contudo, o mais correto era cada qual permanecer em seu lugar, aguardando pacientemente sua vez para sair daquele bololô automobilístico, resguardando assim o direito da coletividade sobre o direito do indivíduo.
Cortar fila, transferir responsabilidades, apontar culpados, falar mal da vida alheia, colocar lenha na fogueira, deixar o circo pegar fogo para ver quem irá apagá-lo, receber silenciosamente um troco a mais, colar na prova, ofender, dar conselhos sem lastro, mandar fazer sem oferecer condições para tal, exigir além daquilo que o outro dá conta realizar, falar mais do que o necessário e calar-se quando é imprescindível manifestar-se, tudo isto é naturalmente mais fácil do que mais correto. No mínimo antiético e mal educado.
Quando se faz o que é mais correto, além de mais econômico em termos gerais é também motivo de orgulho próprio, fortalecendo um dos sete pilares da auto-estima e melhorando a pessoa em sua condição humana. De outro modo, quando se faz sempre o que é mais fácil, tentando levar vantagem em tudo, mais cedo ou mais tarde baterá um sentimento de incompetência e empobrecerá a pessoa em sua auto-imagem e em seu conceito perante familiares, amigos e colegas de trabalho.
Fazer o aparentemente mais fácil, no final das contas, é bem mais desgastante, improdutivo e oneroso do que fazer o que é mais correto. O retrabalho consome dinheiro, tempo e energia. Em um primeiro momento o mais fácil pode até economizar tempo e energia, mas depois compromete o indivíduo em vários sentidos.
Escolher fazer o mais correto é sempre a melhor opção, pois nunca haverá qualquer recompensa digna de honra quando direitos alheios são violados. Esta é uma boa orientação para distinguir o mais correto daquilo que é mais fácil. Se uma ação pode violar um direito alheito, então esta ação estará mais para aquilo que é fácil do que para aquilo que é mais correto.
Portanto, quando algum dilema surge na mente ou coração de uma pessoa, esta deve decidir-se pelo mais correto, preservando sempre o direito do outro. Acredito que esta pessoa não se arrependerá de sua escolha e seu galardão será muito maior perante os homens e perante a si mesma.
Abraços,
Prof. Chafic
Psicanalista e Psicopedagogo
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Brasília-DF | Brasil
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