História do Dia do Índio

domingo, 3 de maio de 2009

Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril?

Origem da data
Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.
No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.
Comemorações e importância da data Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os municípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.
Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.

Palavras indígenas do nosso cotidiano e seu significado:
Açu: grande, comprido, longo.
Amanda: amana, chuva.
Amapá: árvore de madeira útil.
Andirá: morcego.
Anhangüera: diabo velho.
Araxá: lugar alto onde primeiro se avista o sol.
Biboca: moradia humilde.
Capenga: pessoa coxa, manca.
Carioca: kari'oka, casa do branco.
Guaratinguetá: reunião de pássaros brancos.
Ibitinga: terra branca (tinga).
Ipanema: lugar fedorento.
Ipiranga: rio vermelho.
Itajubá: pedra amarela (ita, ajubá).
Itatiba: muita pedra (tiba).
Jabaquara: rio do senhor do vôo.
Jaguar: cão, lobo, (guará).
Mandioca: principal alimento dos índios brasileiros.
Nhenhenhém: falar muito, tagarelice.
Pará: rio.
Paraíba: rio ruim, rio que não se presta à navegação.
Paraná: mar
Pereba: pequena ferida.
Pernambuco: mar com fendas, recifes.
Piauí: Rio de piaus (tipo de peixe).
Pindaíba: anzol ruim, quando não se consegue pescar nada.
Piracicaba: lugar onde o peixe pára.
Sergipe: rio do siri.
Rudá: deus do amor.
Sergipe: rio do siri.
Tijuca: lama, charco, pântano, atoleiro.
Tocantins: bico de tucano.

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