O quinto pilar da autoestima: A intencionalidade

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Prof. Chafic Jbeili – WWW.chafic.com.br

Participava da cerimônia de formatura de um grande amigo. Ao parabenizá-lo pela vitória da etapa acadêmica vencida ele me disse: “Vamos ver o que vai ser agora!”.

Não podia perdoá-lo pela insinuante e inconsciente acomodação desvelada em suas palavras; muito menos perderia a chance de coibir uma ação íntima de aquietamento e respondi instantaneamente: “Que história é esta? Vai passar a bola para o acaso? Nada disto! Pode começar a planejar a sua carreira e determinar o que vai ser ao invés de soltar os remos”.

O amigo respondeu: “Será que não pode deixar de ser psicanalista pelo menos na minha formatura?” E eu disse: “Nunca quando alguém de minha estima representa um perigo para si mesmo”. A conversa cessou por ali, mas minha preocupação continuava.

O fato é que assim como meu amigo, eu também já perdi muito tempo de minha vida deixando a vida me levar. Soltar os remos e ver para onde a maré leva o barco é algo muito estúpido e bastante arriscado. é preciso ter a intenção de fazer e realizar o que se pretende, ao invés de transferir para o acaso a sua própria sorte.

Afirmações do tipo: “Vamos ver o que vai dar”; “Deixa a vida me levar”; “Quem sabe um dia...”; “Eu gostaria fazer isso”; “Quem me dera eu pudesse”; “Se eu isso...”; “Se eu aquilo...” são afirmações isentas de intencionalidade. Elas denotam que a pessoa está entregu e e dependente de forças aleatórias e causais para que algo se concretize.

Até o famoso “Se Deus quiser...” não pode ser isolado e aleatório, como se alguém estivesse a transferir para Deus, única e exclusiva responsabilidade sobre as coisas que a pessoa deseja realizar ou conquistar para si. O Homem faz planos e a resposta vem de Deus, mas se o homem não faz planos, dificilmente uma resposta virá. A falta de planos é a falta de fé e a falta de fé é a drástica isenção da intencionalidade.

Viver de propósito e com propósito é a argamassa do quinto pilar da autoestima. é preciso que cada pessoa estabeleça metas (curto prazo) e objetivos (médio e longo prazos) para qualquer coisa que pretenda realizar/conquistar na vida, seja lá em que área for.
Não são poucas as pessoas que vivem sem a importante atitude da intencionalidade. Geralmente são aquelas pessoas que respondem a um convite com o seguinte chavão: Eu não tenho tempo!”Ou estão entregues ao acaso e por isto não têm disciplina sobre o próprio tempo ou estão mentindo quando na verdade poderiam simplesmente dizer “obrigado pelo convite, mas não quero ir” ou “Tenho outro compromisso nesta data” ou coisas assim.

Quem afirma não ter tempo é por que não tem disciplina sobre os próprios eventos de sua vida diária. Não se organiza e vive em função das coisas urgentes ou emergenciais. Por isto se descontrola e se angustia. Muitas vezes gasta mais do que pode; fala mais do que deve e age por impulso e está sempre dizendo algo do tipo “deixa como está para ver como é que fica”.

Para o Dr. Nathaniel Branden, viver intencionalmente envolve as seguintes questões:
a) Assumir a responsabilidade de formular conscientemente seus próprios objetivos e propósitos;

b) Preocupar-se em identificar os atos necessários para alcançar os objetivos estabelecidos;

c) Monitorar o comportamento para que ele esteja em sintonia com os objetivos estabelecidos;

d) Prestar atenção aos próprios atos para certificar-se que eles levarão você ao ponto aonde quer chegar.

Em outras palavras Franco , viver intencionalmente é determinar o tipo de comportamento que quer ter para com as diferentes pessoas, em diversas ocasiões e ambientes. Você pode ser grosseiro(a) ou gentil por impulso ou de propósito. Você pode ser o que você quiser ser.

Viver intencionalmente é determinar o que se deseja alcançar na vida e traçar um plano. Em seguida, estabelecer objetivos e metas para se chegar à realização desejada, tendo sabedoria para ajustar os planos e as atitudes enquanto caminha rumo a seus propósitos.

Preste atenção nestas frases antigas, de autorias diversas: Quem não sabe para onde quer ir, qualquer lugar serve. Se você não fizer alguma coisa, nada vai mudar. Se você continua fazendo as mesmas coisas, continuará tendo os mesmos resultados. Sua vida muda quando você muda! A bússola aponta o Norte, mas você precisa fazer algo para chegar lá. E se você é religioso(a) saiba que Deus não move um dedo naquilo que você pode fazer. Deus só age quando as coisas estão verdadeiramente fora de seu alcance e controle.

Portanto, não se preocupe com as coisas que você não pode fazer nada, mas t ome uma atitude positiva em relação às coisas que você tem algum controle e pode fazer algo, ao invés de apenas soltar os remos e dizer “vamos ver o que vai dar...”.

Viva com dolo e não com culpa! Culpa é para quem fez algo que não queria ter feito. Dolo é para quem tinha a intenção de fazer. Viver com dolo é viver com a intenção de existir e desfrutar a vida de forma produtiva e responsável. Decida intimamente realize suas coisas com a intenção de realizá-las do fundo de seu coração, pois viver, trabalhar, estudar, namorar, escrever, falar e muitas coisas mais que fazemos no dia a dia só terá graça e plenitude quando temos a intenção de fazê-las e isto é viver com a atitude da intencionalidade: O quinto pilar da autoestima!

Encerro este texto com mais esta reflexão: "A raiz da nossa autoestima não são nossas realizações, mas as atitudes geradas interiormente que, entre outras coisas, nos possibilitam realizar algo" (Dr. Branden).

Aproveite para conhecer a teoria do Código Interior no blog www.ocodigointerior.blogspot.com

Desejo a você uma semana suficientemente cheia de propósitos!

Abraços fraternos,

Prof. Chafic Jbeili
www.chafic.com.br

Ação do Ministério Público do Trabalho, coíbe prática discriminatória do jornal O Estado de São Paulo

A 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região/SP, por maioria de votos, considerou procedente o pedido do MPT em Ação Civil Pública ajuizada pela Drª Vera Lúcia Carlos Procuradora do Trabalho da PRT2-SP em face do jornal O Estado de São Paulo, por prática discriminatória.

A prática discriminatória foi verificada nos anúncios de emprego e estágio onde, com importante frequência, os critérios de seleção de candidatos implicavam as mais variadas espécies de discriminação, especialmente de gênero e idade.

A referência a qualquer desses atributos se justifica apenas quando, publica e notoriamente, os mesmos se constituem necessários à natureza da atividade à qual se refere a vaga oferecida.

Drª Vera pondera que "a inclusão social e a diversidade são ideais que guardam estreita relação com o mercado de trabalho. A utilização em anúncios de emprego, de critérios e linguagens que não respeitam a diversidade, contribuem substancialmente para a manutenção de estereótipos, constituindo-se, assim, num entrave para a igualdade no acesso ao trabalho".

A sentença relatada em 25 de agosto de 2009 pelo Magistrado Dr. Manoel Antonio Ariano, determina que o jornal O Estado de São Paulo abstenha-se da prática de publicar anúncios de empregos e estágios com conteúdo discriminatório, tanto na forma impressa como na internet, sob pena de arcar com multa de R$ 1.000,00 (um mil reais) por anúncio encontrado fora dos critérios estabelecidos.

A título de indenização por dano moral coletivo, o Estadão foi condenado ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) reversíveis ao FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Fonte: Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região São Paulo, 25/09/2009

Dia da árvore: a visão para conservação

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Dia da Árvore, comemorado nesta segunda-feira, deve ser olhado como um símbolo da conservação da natureza. Porque a árvore sempre nos emociona. Ela nos transmite fertilidade, crescimento, resistência, força, beleza, vigor e ainda muitas conseguem resistir ao tempo e chegam a ser centenárias outras milenares. As árvores são seres vivos que passam à vida nos defendendo de agressores naturais como os raios solares, poluição sonora e ventos fortíssimos.

O Dia da Árvore é para ser lembrado todos os dias devido a sua importância para a humanidade e saber que ela nos fornece o oxigênio para sobrevivência. Quando alguém destrói uma árvore, está destruindo uma fonte de vida. As pessoas precisam ter consciência que uma árvore também é um ser vivo, nasce, cresce e morre.

Para manter o equilíbrio ambiental, precisa preservar as matas nativas e a proteção dos mananciais, pois são fatores primordiais que regulam o clima do planeta. O desmatamento facilita a erosão, empobrecimento do solo, desaparecimento de nascentes provocando a fuga e a morte da fauna e flora. Quando alguém destrói uma árvore, ela está destruindo uma fonte de vida do planeta.

Se as árvores forem usadas de uma forma sustentável, ou seja, fazendo manejo (replantio) adequado modernizando o sistema de corte e evitando ao máximo a degradação, poderá garantir com isso a perpetuação dos recursos disponíveis na natureza.

Apesar das lutas do governo quanto às derrubadas das árvores, infelizmente a extração predatória continua a todo vapor. Para cada dez árvores derrubadas só uma é plantada. As queimadas são outro inimigo da natureza, elas podem ser causadas por falta de chuva ou tocos de cigarros jogados em beiras de estradas.

Temos muito ainda o que aprender sobre a importância de uma árvore, mas nunca é tarde para se plantar e com esse gesto contribuir para uma vida melhor do planeta.

Silvestre Gonçalez é jornalista em Sumaré-SP

Ceama Campinas

Os professores podem contar com atendimento em várias especialidades clínicas no Ceama Campinas e na rede credenciada ampliada. Alguns contatos:


Sede Ceama Campinas
Rua José Araújo Cunha, 678 - Vl. Brandina.
Referência Shopping Iguatemi Campinas
Ônibus 3.85 e 1.25 nas proximidades do Colégio Integral.
Tel.: 3255-52556 3255-5616 3251-8139

Ginecologia - Dr. Francisco Carmona
Rua Gal. Marcondes Salgado, 517 - Bosque
Fone: 3252-9393

Cardiologia - Cardiocenter
Av. Andrade Neves, 707 - 4o. andar, Sala 401 - Botafogo
Fone: 3235-3891 ou 3233-2312

Oftalmologia - Clínica Missão Ichida
Rua José Paulino, 1244 - 6o. andar - Centro
Fone: 3231-5457 ou 3234-3498

Clínico Geral - Dr. Márcio Consulin
Av. Moraes Salles, 1212 - 1o. andar, sala 12 - Centro
Fone: 3236-9380

Master Saúde Assistência Médica Ltda
Alergia e Imunologia, Cardiologia, Clínica Médica, Endocrinologia, Ginecologia e Obstetrícia, Neuropediatria, Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria e Psicologia.
Av. Barão de Itapura, 599 - Botafogo
Fone: 3731-3030

Vascular - Clínica de Angiologia e Cirurgia Vascular Lemos e Dyniewicz
Rua Sebastião de Souza, 205 - Sala 91 - Centro
Fone: 3233-6221 ou 3233-9840

Hospital - Instituto de Medicina e Cirurgia de Campinas (IMCC)
Antigo Hospital Albert Sabin
Av. Barão de Itapura, 1444 - Botafogo
Fone: 3272-7451

Diretoria de Sumaré abre a III Olimpíada do Programa Escola da Família

domingo, 13 de setembro de 2009

Paulínia sediou, no último domingo, a abertura da III Olimpíada do Programa Escola da Família/ Diretoria de Ensino de Sumaré.

É o maior evento promovido pelo Programa na Diretoria. Até dezembro, jovens do Escola da Família participarão de uma maratona de jogos de futsal, vôlei, handebol, basquete, tênis de mesa e jogos de tabuleiro e atletismo.

A cerimônia de abertura, realizada no Ginásio Poliesportivo Municipal Agostinho Fávaro, foi aberta pela Dirigente Regional de Ensino, Profª Dirceuza Biscola Pereira e pela presidente da III Olimpíada, a Educadora Profissional Rita de Cássia Gambini, da E.E. Padre José Narciso Vieira de Ehrenberg.

Marcaram presença autoridades das Secretarias de Educação, Saúde, Esporte, Cultura e Lazer de Sumaré, Paulínia e Hortolândia, municípios jurisdicionados à Diretoria de Ensino.

Tal como as aberturas de Jogos Olímpicos mundiais, a cerimônia emocionou o público com apresentações, desfile das delegações, entrada das bandeiras e acendimento da pira olímpica.

A escola Padre Narciso Vieira de Ehrenberg deu início com sua fanfarra, comandada pelo voluntário Claudecir Magalhães de Souza. Espetáculos de dança, música e ginástica, de grupos formados por integrantes de várias escolas, continuaram a cerimônia, demonstrando união e envolvimento.

620 atletas, das 31 escolas da Diretoria, desfilaram, a seguir, representando os mais de 2.200 atletas inscritos nesta Olimpíada.

A entrada das bandeiras foi acompanhada pelo Hino Nacional, cantado pela aluna e atleta Naara Santos dos Anjos, da E.E. Euzébio Antônio Rodrigues. Em seguida, houve o Juramento dos Árbitros e Atletas.

Aplaudido de pé, o atleta Ambrósio Lobo Pereira Filho, da E.E. Paulo Camilo de Camargo, escola vice-campeã em 2008, acendeu a pira olímpica, no ápice da cerimônia.

O PCOP de Projetos Especiais, responsável pelo Programa, Alexandre Valério do Nascimento, explica o lema dos Jogos: a busca e conquista da Paz transformando as escolas em espaços de esperança e paz. “Estamos há 6 anos semeando e (...) pudemos oportunizar momentos de alegria e amizade, recebidos com muito carinho pelas nossas crianças, jovens e adultos. Eles formam uma das duradouras parcerias deste Programa.”

O terceiro pilar da autoestima: A autoresponsabilidade

Prof. Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Aqui no Distrito Federal prevalece, desde a sua fundação até os dias atuais, a cultura do assistencialismo. Começou com JK oferecendo inúmeras vantagens: promoções, salários mais altos, lotes, apartamentos, isenção de impostos etc. Tudo para atrair profissionais de todos os segmentos e regiões do País com o objetivo de fazer a nova Capital funcionar como qualquer outra cidade. A notícia da distribuição das benesses pelo Governo espalhou-se rapidamente por todo território nacional, atingindo tanto as metrópoles quanto regiões castigadas pela miséria. Famílias inteiras, das mais longínquas regiões do Brasil largaram suas bases de origem e vieram tentar a vida em Brasília. Até aí tudo dentro da normalidade!

O problema começa a partir das pessoas que nasceram no Distrito Federal, em especial aquelas que originaram no seio de famílias mais pobres, como sempre a maioria, e sob o auspício de que teriam de tudo só porque vieram para cá, afinal, quem convida paga a conta!

Acredito que uma quantidade significativa dessas pessoas menos favorecidas foram criadas com base neste maldito princípio constitucional de que o Governo tem a obrigação de fornecer tudo a qualquer cidadão: Desde o parto de seus filhos, a cesta básica, saúde, segurança, passando pela escola, até a moradia e, no fim da vida, bancar o enterro do infeliz deixando é claro a pensão para a viúva e os filhos até completarem 18 anos. O que seria augusta medida de amparo virou vo raz estratégia política!

Governadores mais recentes viram que a idéia de manter eleitores dependentes é uma inestimável fonte de votos e assim programas como bolsa-escola, vale-gás, vale-leite, vale-pão, cheque-educação, renda minha e uns sem números de outros benefícios foram surgindo com a justificativa de ajudar e amparar os mais necessitados, o que é mais do que louvável. Entretanto, estes benefícios no mínimo inibem, quando não roubam do sujeito, algo primordial para sua existência, enquanto pessoa humana e também como cidadão: a atitude da autoresponsabilidade.

Claro que ganhar de tudo, sem empregar muito esforço é uma idéia bem atraente, deveras tentadora. No entanto, nada pior do que uma pessoa crescer e se desenvolver sem a grata oportunidade de ser ela mesma e não o o utro a própria responsável pela realização de seus desejos e felicidade. E se ela não aprendeu ser responsável pela realização de sua própria felicidade, certamente não aprenderá ser responsável por suas escolhas e atos. Por conseguinte, não sendo responsável por suas escolhas e atos, também não admitirá sê-la por seus relacionamentos na família, no trabalho, na sociedade como um todo. De modo que a responsabilidade por sua felicidade é primeiro da família, depois do Estado e inclusive da sociedade, assim ela pensa. Se for infeliz a culpa é do outro, nunca dela!

Chamar a responsabilidade para si não é apenas uma questão ética e moral, mas uma questão de autoestima, pois segundo o Dr. Nathaniel Branden, toda pessoa precisa em algum momento experimentar exercer e vivenciar qualquer controle sobre sua vida, só assim poderá sentir-se competente e merecedora da felicidade.

Lembra do ditado: “Tudo que é de graça não tem valor”? Pois é, quem ganha tudo ou passivamente espera sempre ganhar sem qualquer esforço alimentos, roupas, bolsa de estudo, moradia etc, em um primeiro momento ficará muito feliz pela graciosa dádiva, mas esta pessoa irá se viciar em querer ganhar mais coisas, cada vez mais. Em um segundo momento, obviamente sua autoestima será afetada e então ficará mais sensível do que o habitual. E se a pessoa de quem ela ganhou algo não lhe receber prontamente quando procurada, irá nutrir pensamentos de que está sendo desprezada, rejeitada e, assim, se sentirá inferior. Na verdade já se sentia de alguma forma inferior quando pediu algo, mas posteriormente esta idéia de inferioridade lhe ch ega de forma arrasadora ao consciente.

Trabalhei em uma instituição onde os bolsistas curiosamente eram sempre os alunos mais problemáticos, não que todos sejam; cuidado com o silogismo! Mas aqueles, em especial, quando não eram atendidos na hora sentiam-se humilhados e armavam o maior barraco, citando leis e reivindicando direitos. Isto acontece porque os referidos alunos queriam o benefício da bolsa, mas detestavam admitir para si mesmos a condição de bolsista.

Bolsa é para a pessoa sem renda, com declaração de pobreza emitida por Cartório, em situação de risco pessoal e vulnerabilidade social.

Bolsa de estudos não é modalidade de desconto, mas é justa, oportuna e democrática medida social de amparo aos excluídos que vivem à margem da sociedade. é uma forma de transformar, pela Educaç&at ilde;o, a vida de quem vive na mendicância, por exemplo.

Aqueles bolsistas chegavam de carro à faculdade e odiavam admitir que bolsa é, em sua essência, para pobres declarados e socialmente excluídos. Eles queriam a bolsa e exigiam tratamento especial, nunca igualitário. Isto é um mecanismo de defesa do ego angustiado, como forma de compensar sua perda de qualidade neste importante pilar da autoestima causada pela ausência da atitude da autoresponsabilidade, não porque era bolsista, imagina! Mas porque teve sua atitude de autoresponsabilidade suprimida ou pela superproteção dos pais, ou porque acabou se viciando nos programas assistenciais e agora não sabe viver sem eles.

Veja como anda ereta, autoconfiante e com os olhos no horizonte as pessoas que adquirem suas coisas com o próprio esforço. Quão marcante é o primeiro salário! Que sensa ção de controle e competência usufrui a pessoa. Ela faz questão de pagar suas contas e comprar seus próprios objetos de uso pessoal. Como é importante o papel da mesada para os adolescentes a partir dos 12 anos, aproximadamente. é a forma como os pais educam seus filhos para desenvolverem atitudes de autoresponsabilidade.

é por isto que não concedo bolsa integral nem atendo ninguém de graça. Pois ao dar gratuidade no atendimento estaria roubando do outro a responsabilidade sobre si mesmo e isto é extremamente contraterapêutico. O sujeito me procura porque quer se desvencilhar da dependência familiar e então eu o torno dependente de mim? Claro que não! é ele quem deve arcar com as despesas de suas psicalgias, nem que seja pagando um real, cinco reais, dez reais pela sessão. Ele tem de pagar o que puder pelo próprio bem e é por ist o que sessão de psicanálise não tem preço fixo. O valor é proporcional a renda de cada um para que este assuma a dádiva da autoresponsabilidade e se liberte de suas ilações inconscientes, causadoras das mais terríveis sensações e pensamentos de inferioridade e incompetência.

No meu tempo de escola, por volta dos anos 80, a responsabilidade de passar de ano era primeiro do aluno e depois da família. Nesta época professor era respeitado! Lembro-me que ficávamos todos de pé quando a professora entrava na sala de aula e olha que ela tinha apenas o Magistério. Atualmente, o Governo fez o favor de transferir a responsabilidade da aprovação do aluno para o professor. Este coitado que hoje, mesmo sendo pós-graduado, tendo mestrado ou doutorado, ganha muito mal e é recebido com uma salva de vaias pelos seus “clientes&rdquo ; e ai dele – o professor - se tentar colocar ordem na sala, é despedido!

Quero saber quem foi o bandido que roubou dos alunos a responsabilidade pela própria aprovação e passagem de ano? Este infeliz fez um mal a todos, com consequências catastróficas no futuro, onde os problemas atuais são apenas a ponta deste grande iceberg do caos familiar, escolar e social que iremos viver se medidas não forem tomadas. Há professores que ministram aula sob escolta policial. Isto porque o aluno quer culpar o professor pelo seu mal desempenho, aliás desempenho nenhum. Se o professor cobra, então é ameaçado e agradido.

Os psicoterapeutas nem se fala, mas os governos, assim como as famílias, deveriam resguardar o direito de instruir seus cidadãos e filhos a conquistarem seus desejos. Educar para serem responsáveis pela própria felicidade; a conseg uirem o que querem na medida de suas possibilidades e condições antes de lhes “corromperem” com benesses fortuitas em troca de votos ou, no caso das famílias, como forma de compensação da ausência e descaso por parte dos pais na educação dos filhos.

Se alguém não se esforça para realizar seus próprios desejos é porque ou estes desejos não são seus ou não são verdadeiramente desejos, antes são meras fantasias. Por serem apenas fantasias, transfere-se para o outro a responsabilidade de realizá-las. Ser responsável pela própria felicidade não quer dizer assumir a “culpa” de tudo que acontece de errado, mas significa estar disposto a aprender com os próprios erros e também com o erro alheio.

Há que se ter um equilíbrio, pois ninguém tem o controle total sobre nada, inclusive sobre si próprio, mas também não é para se eximir de qualquer responsabilidade como se a certidão de nascimento fosse uma apólice de seguro, onde esta pessoa acredita poder fazer tudo, sem ter de ser necessariamente responsável por nada, nem mesmo pela própria felicidade.

De acordo com o Dr. Nathaniel Brandem, apresentado no primeiro texto desta série, o balizamento da autoresponsabilidade reside na adoção de métodos que possam gerar modificações na consciência individual. Estes métodos são reflexões diárias e sistemáticas, por meio de perguntas do tipo: “Se eu assumir mais 5% de responsabilidade pela realização de meus objetivos.......... (o que acontecerá? O que terei de fazer?)”.

Falta de responsabilidade é a pessoa esperar que a família, o Governo, a Igreja, os colegas de sala, a equipe de trabalho e as pessoas de modo geral farão as coisas para ela e por ela. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer! Cada qual, como artista que é, deve assinar como autor desta tela, onde pinta o quadro da própria vida!

Na próxima segunda escreverei sobre o quarto pilar da autoestima: a atitude da autoafirmação.

Um abraço,

Prof. Chafic

www.chafic.com.br
chafic@chafic.com.br
Brasília-DF - Brasil

Olimpíadas PEF - Desfile, Hino Nacional, juramentos e o acender da pira, dia 6/9

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

















Olimpíadas PEF - Animações de jazz, dia 6/9






Olimpíadas PEF - Apresentação com bambolês, dia 6/9

quarta-feira, 9 de setembro de 2009









Olimpíadas PEF - Apresentação com fitas, dia 6/9







Olimpíadas PEF - Apresentação de hip-hop, dia 6/9